Costumamos dizer que continuamos com a mesma garra, a mesma força, a mesma independência, os mesmos “super-poderes” embora já atingida determinada idade. Penso que optamos, que decidimos, que racionalizamos em nos manter fortes. Mas que, no fundo, ficamos sim mais fragilizados emocionalmente, mesmo que estejamos bem de saúde. É como se fôssemos esvaziando o estoque de nossa força emocional. Passamos a querer andar sempre em dupla, reparem que os casais idosos só fazem atividades juntos? Ou mãe e filha, ou duas irmãs, ou dois amigos… Prestem atenção e verão que estou certa. Essa constatação se deu por observar pessoas e a mim mesma. Embora haja também os que preferem ser sós. Mas isso não demonstra força, garra, nem independência, apenas mostra que há pessoas mais velhas que se tornam ermitãs, anti-sociais, arredias, avessas a reuniões, festas, etc…Eu creio que elas também são emocionalmente frágeis, mas fazem a opção de não o demonstrar e em razão disso se tornam solitários. Reflexões, apenas reflexões. Talvez papo para um psicólogo, como diz minha amiga Wanilda, quem sabe?