Um carinho faz bem. Um cuidado também! E quando o carinho e o cuidado são escolhas conscientes e se aplicam a você mesmo, a sua pessoa? Nesses casos eu acho um grande exemplo de amor-próprio, além de uma necessidade mesmo de sermos responsáveis por nosso bem estar, até quando isso for possível. Não é por estarmos na terceira idade que delegaremos a outros os cuidados do dia a dia. Vou dar um exemplo: a partir de uma certa idade devemos ter cuidados alimentícios, pois surgem diabetes, pressão alta, e as pequenas mazelas com as quais temos que conviver. Sendo assim, enquanto estivermos donos da nossa capacidade neurológica, com boa memória, com a nossa mobilidade corporal trabalhada em pequenas caminhadas e prática de exercícios físicos apropriados , nao delegue a ninguém seu auto cuidado. Trate-se com cuidado e com carinho. Você merece isso e vai ver como é estimulante cuidar do seu corpo, dos seus remedinhos diários, do quanto de açúcar vai por no seu café, de evitar o alimento que não lhe faz tão bem. Eu desenvolvi essa prática, a partir de um elogio que recebi de minha mãe ao cuida-la, mas já nos seus 93 anos. Eu me cuido e crio ambiente favorável também aos meus cuidados. Vou mostrar aqui meus cestinhos de remédios, o cesto menor são dos remedinhos diários, o cesto maior é “a despensa”. Fica à vista para que ao repor o cesto diário, eu tenha visão de que dia tenho que ir à farmácia. Meu copo de água lindo e maravilhoso com uma frase do meu livro, que ganhei de aniversário, meus controles, meu cabo de celular, minha lâmpada para caso eu precise à noite, e demais objetos que fazem parte do meu bem dormir. Podem acreditar, isso não é mania de velhice. Isso é auto-cuidado, é independência, é bem viver.
Cuide-se, ame-se, mime-se. Você merece!