Que tristeza me dá ver as piscinas vazias! Não, elas não são sem águas. São piscinas sem gente! Sem jovens, sem crianças, sem adultos.
Sem risadas, sem nada e sem ninguém! Porque fico triste? Elas estão ali confiadas aos seus cuidadores e estes limpam, filtram, colocam os produtos , e lentamente vão retirando as folhas secas caídas das árvores próximas, um louva-a-deus desavisado, um bichinho afoito pela água e assim vai levando a pá de cabo comprido, num vai e vem caprichoso.
O cuidador de piscinas apenas faz o seu trabalho ou reflete sobre ele?
Não sei. Mas eu reflito.
E penso no sonho de consumo de mais da metade das famílias da minha cidade.
Uma piscina para se refrescar, brincar, curtir, num sábado ou domingo, com os amigos ou com as famílias!
Seria divino ter uma piscina em casa, ou mesmo nas amigas ou vizinhas chegadas.
Crianças acaloradas, cheias de energia e em turmas fariam tchibum com algazarra, gritaria; mergulhariam e sairiam lá à frente.
Brincariam de peixinho, disso, daquilo. Os adultos estariam aos guarda-sóis conversando, rindo. Um sábado ou domingo refaria o ânimo e a energia para enfrentar a semana.
O que aconteceu com as famílias? Onde ficam as crianças? Um dia essas piscinas já viveram risos, correrias e saltos em suas águas? Foram palcos de festas em seus arredores?
Não há como eu saber. Sei o que vejo da minha janela: A Tristeza das Piscinas Vazias!
Limpas. Mas vazias